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AUTOR: MIDNIGHT MOVER
Olá, amigos!!
Assino Midnight Mover (alguém lembrou da canção do ACCEPT?? Pois é!!) e foi um enorme prazer ter sido convidado pelo meu irmão do METAL, Jack Bracan, para postar textos no SALADA ROCK! Estamos prestes a completar trinta anos de irmandade, já que nos conhecemos no início de 1983, na loja Mesbla da Avenida Sete de Setembro, em Salvador, quando fui comprar o então recém lançado vinil BORN AGAIN, do grandioso BLACK SABBATH, o qual contava com IAN GILLAN nos vocais (algo inimaginável na época e de grande impacto sobre os fãs) e o retorno do BILL WARD às baquetas. O disco em si é puro orgasmo, mas este é outro papo. De lá pra cá apresentamos um ao outro uma infinidade de bandas e estilos musicais dentro do rock pesado em geral, enquanto víamos chegar mulheres, filhos e novos amigos. Então cá estamos para falar de rock pesado e, eventualmente, de qualquer outro tema que mereça comentário, pois refletir e malhar são coisas fundamentais.
(Click on pic to down: Satan - Demo '82 - Into the Fire)
Arregaçando as mangas, começo a nossa jornada abordando um disco que é um máster piece dentro da NWOBHM: COURT IN THE ACT, do SATAN. SATAN, a banda, não o velho Morning Star, que anda de férias lá do Hell, passeando aqui pelo castigado planetinha (gosto de citações. Esta é ao NEIL GAIMAN). O SATAN, a banda, foi formado em New Castle (alguém aqui lê HELLBLAZER? Então vocês sabem o que aconteceu em New Castle, caras! Sinistro!!) , em 1979 e gravou algumas fitas cassete, com diferentes formações até que, em 1983, lançaram o COURT..., contando com o mestre Brian Ross nos vocais, Steve Ramsey e Russ Tippins nas guitars, Graeme English no baixo e Sean Taylor na bateria. Com um time desse até disco de pagode fica bom (rsrs... desculpem a heresia!!!).
E que disco, meus irmãos!! Tive a sorte de conseguir, na época, o vinilzão importado (tempos difíceis aqueles, em que a gente pagava os olhos da cara por uma bolacha!!! Bolacha, para os mais jovens, era apelido de disco de vinil). O arregaço começava com a climática instrumental INTO THE FIRE, que arrepiava os cabelos da nuca e aí, sem dó nem piedade, despejavam a furiosa TRIAL BY FIRE, uma porrada metálica rápida, com baixo marcando em cima e guitarras gêmeas, no melhor estilo inglês, desenhando o rítmo e solando cataclismicamente. E que dizer de Brian Ross??? A voz potente, com agudos ao final das frases mais chamativas eram sua marca registrada, além de ser facilmente reconhecível, qualidade que a maioria dos vocalistas não possui. Essa canção foi regravada dia desses pelo BLIND GUARDIAN, porém sem o mesmo brilho. É de quebrar qualquer pescoço! E o disco apenas começou. Emendam com a foderosa BLADES OF STEEL, onde Sean Taylor dá aula de bateria, com belas viradas, numa canção ora cadenciada, ora rápida, corais, solos magníficos e muita melodia, onde Brian se destaca novamente. Sem palavras!! NO TURNING BACK continua incitando o banger a não ficar parado e tem muitos riffs. Seguem com bom jogo de guitarras na cadenciada BROKEN TREATIES.
Aí eles incendeiam a casa de vez com o clássico BREAK FREE. Puta que o pariu!!! Faiscante e melódica, abrindo espaço para que todos os músicos mostrem a que vieram, hipnotiza do começo ao fim. Que solos maravilhosos! Se você ainda conseguir mexer o pescoço depois dela, o riff de HUNT YOU DOWN vai te provocar. THE RITUAL é o instrumental que sua mãe queria que você tivesse composto e você não acertou. Poderoso, é puro aço inglês. Emendado num outro instrumental curtinho, DARK SIDE OF INNOCENCE, que contrasta com a porrada anterior pelos belos dedilhados, clima de mistério e delicada melodia, te preparando (ou não) para o final oficial com a estupenda ALONE IN THE DOCK, que na minha opinião deveria ser para eles o que HALLOWED BE THY NAME é para o IRON MAIDEN, tal a profusão de climas, nuances, solos, melodias, peso e inspiração que esse som apresenta. Ao fim, continuará ecoando em suas mentes... A versão em cd ainda traz de bônus DYNAMO, som antigo das cassetes, PULL THE TRIGGER, cadenciada e que ficaria mais famosa no disco de estréia do BLITZKRIEG, a banda de Brian após ser dispensado do SATAN, numa das piores decisões dos caras. E ainda uma versão editada para as rádios de BREAK FREE.
(Clique na foto e faça o download de Court In The Act)
(Click on pic to download the play)
Depois da saída de Brian, a banda teve diversas encarnações, mudanças de nome e bons discos, sem entretanto alcançar o patamar deste registro. Aliás, o nome SATAN sempre dificultou seu sucesso comercial. Alguns anos atrás, uma gravadora ofereceu uma grana preta para eles regravarem o COURT... com a formação original. Não toparam. Bom ou ruim? Quem sabe? Mas o disco permanece aí como um dos melhores registros da essência do METAL INGLÊS e da própria NWOBHM, com suas características singulares.
METAL FOREVER!!!
Posted by Midnight Mover
2 comentários:
Muito bem vindo MEU IRMÃO!
Grande texto! Os apreciadores do Salada vão gostar muito de suas inserções! Muito, muito bom mesmo!
Olá Jack,
Também concordo com o que você falou sobre a juventude, que anda "meio perdida", mas o que importa é que o rock ainda sobrevive, mesmo em uma pequena escala e acredito que se houver um esforço de todos para mantê-lo em foco, ele ainda vai resistir por bastante tempo.
Quanto ao seu blog, já tinha dado uma passadinha antes, quando solicitei sua parceria com a Área Rock'N Roll, mas só agora pude observar com mais calma seus posts e reparei que eles são muito bem escritos, tem uma narrativa interessante. Aceito a parceria também com a Comissão do Rock.
Quando você puder, envia seus links para a gente divulgar lá na Área. É só você publicá-los em qualquer comentário do blog.
Saiba mais sobre o envio de links aqui: http://tinyurl.com/envie-seu-link-AREA
Obrigado pelas parcerias!
Abraços!
http://comissaodorock.blogspot.com
http://arearocknroll.blogspot.com
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