sexta-feira, 19 de agosto de 2011

[Provocações Pradoquianas] - Histórias de Rock 2

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AUTOR: C.A. Pradoca
 

Tenho um irmão músico.
Daqueles bem versáteis!
Ele toca violão, bateria e teclado. Claro que um em cada fase de sua vida.


Quando tocava em uma banda de baile, putz isso é velho pacas, entre fim dos anos 70 e meados dos 80, eu gostava de ir aos ensaios. Principalmente depois que em um dia,  dei de cara com a irmã do tecladista! Uma gatinha de 16 anos! E ai os ensaios passaram a ser bem mais interessantes! E de tanto eu ir, fui "convidado" a dar uma "força" nas apresentações, Do tipo força mesmo! Do tipo carregar, descarregar e instalar o equipamento.


Nesta época, se levava de tudo! Desde potencia até a iluminação!
E de repente, passei de irmão do baterista e namorado da irmã do tecladista, embora ele não soubesse, a “contra regra” da banda, se é que me entende (roadie). Para mim era o máximo, aos 17, com um trampo sem grana, mas estava em todas festas de graça!


Na verdade, me tornei fã dos caras! Eram oito músicos de respeito! Embora só replicassem os sucessos da época, o faziam com competência e alma! Viajavam de John Lennon a Stevie Wonder. De The Fevers a Michael Jackson e de Rock a baladas românticas, numa linha sob medida para todos os gostos.
Vejam só, o tecladista, meu cunhado que só a gente sabe, filho de maestro, floreava a base harmônica com técnica apurada. O baixista, além de seguro, cantava e segurava o ritmo com o "mano" incansável e autodidata na batera. Os metais, regidos por formação clássica e popular, tocavam por partitura, brincando entre as oitavas e dando um toque de Big Band. Finalmente a guitarra! É a guitarra quietinha na base, mas quando era convocada, como em Hotel California por exemplo, o cara saia do fundo, como se de um vulcão,  enchendo o ar com um som quase glacial, e eu parava onde e com quem estivesse - claro que no salão dançando - quase hipnotizado por suas mãos. Eu curtia cada nota!


Mas para mim, o que mais me marcou foram as toneladas de peso no monta desmonta. E o bônus! Nos  intervalos e ao final dos shows, as garotas assediavam o baterista, o galã da banda,  por um acaso, "my brother". E quando ele estava no palco, adivinha quem tomava conta? É meus velhos, sempre me dava muito bem! Nem musico, nem bonito. Mas disponível! Com isso arranjei boas lembranças em muitos lugares, graças a estar no lugar certo e com o cara certo em um das melhores fases da minha vida. Onde iniciei o gosto pela música bem feita e executada, pela amizade na estrada, pelas lições, pela companhia e pelas gatinhas,  claro!  É meus velhos, como curti cada caixa de som carregada!!!
Brigadão mano!!!

Te Amo também!!

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AUTOR: C.A. Pradoca

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